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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

ONDE ESTÁ DEUS?

ONDE ESTÁ DEUS? 

          Há muito tempo tenho me preocupando com o que vejo e ouço:  nas igrejas se falam muito de Deus, mais seus feitos são raros ouvimos muito sobre sua existência sua aparição são vagas e muitos nem sabem se Ele realmente existe. Hoje se fazem muitos seminários, “salvar casamentos, auto ajuda, santificação e outros” mas pergunto, onde está o resultado? O que Deus faz é só momentâneo ou é permanente? Existem aqueles que estão procurando substituir o agir de Deus por um momento de diversão e alegria externa... Onde está DEUS? 
         Há muito se tem feito o uso de  máscaras para viver o evangelho que está sendo ensinados hoje, as máscaras que ao longo da vida se  aprende a usar para sobreviver neste mundo, nos impedem servir verdadeiramente ao Cristo que aceitamos, máscaras são ceis de pintar ou modelar pode-se, colocá-las, da maneira que se acha melhor,  a que mais convém, são usadas para falar com alguém e dependendo com quem se  conversa a máscara é trocada, ao longo da vida é ensinado que para ser aceito tem que colocar a máscara adequada para cada momento da vida. Isto se torna um ciclo tão vicioso que usa-se máscara até para orar, adorar e trabalhar no reino, muitos falam de um Cristo que é vivo mais quando se entra na igreja não se percebe sua presença. 
          No evangelho de Lucas 18 a partir do verso 9 lemos a parábola sobre dois homens que subiu ao templo para orar, um fariseu que se apresenta como um religioso de boas práticas, fariseu era um estudioso da palavra e observador das leis tinha uma aparência de santidade e muitos os respeitava sendo que ele se apresentava com um ávido cumpridor da lei, eles buscavam conhecimento do Messias, e esperava sua aparição, mais quando Cristo apareceu eles não o reconheceram, eles tinha um conhecimento de Cristo no Torá, tinham "conhecimentos"  mais não o conhecia. 
           Por isto usavam máscaras para viverem de aparência, pois por dentro estavam vazios e sem Deus, e sempre se utilizando de máscaras para aparecer entre o povo como se tivesse andando com Deus.  
          Hoje o que se tem visto são muitos que estão vazios, sua alma está gritando onde está Deus? Usam muitos subterfúgios para tentar no mínimo sobreviver, por isto se cria muito entretenimento nas igrejas hoje para o povo se divertir, pela falta da presença de Deus busca se uma solução, “festa da fantasia, festa da máscara, festa junina de Deus, noite do cabelo doido, e assim vai” No entanto a presença de Deus onde está?  
           São muitos que vem para o meio da Igreja à procura de Deus, mais quando chega aqui encontram só migalhas do passado em nosso meio, muitos vivendo vazio, sem sentir a presença de Deus. 
           No livro de Rute encontramos uma história que nos retrata bem os dias de hoje, "E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; por isso um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos; Rt. 1.1" olha como o sentido da palavra Belém “casa do pão” é contraste entre os acontecimentos, casa do pão que não tem pão, isto obrigou a Elimeleque a ir buscar pão na cidade de Moabe, onde ele e seus filhos perderam a vida. Noemi ficou sabendo que agora tinha pão na casa do pão e voltou, "Então se levantou ela com as suas noras, e voltou dos campos de Moabe, porquanto na terra de Moabe ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão. Rt. 1. 6" 
           Em números 4. 7 deveria se manter os pães da aparição, no hebraico pães que mostra o rosto de Deus, o dever de manter no templo pão da presença de Deus, são muitos que vem aos templos a procura da presença de Deus, quando chega aos templos percebe que sua presença e fictícia, muitos também estão vivendo com máscaras dizendo, Deus está aqui. Que antagonismo casa de Deus onde muitos vêm e voltam sem ver ou sentir este Deus, onde sim muitos mortos por inanição espiritual 'falta da presença de Deus', hoje quando alguém sente Deus e manifesta este sentimento muitos olham de uma forma diferente como se fosse algo estranho. 
         Muitos estão deixando os templos e buscando Deus em outros lugares, em shows gospel, encontrões gospel e outros, quando voltam estão mortos e vazios.  
         A casa de Deus precisa ter Deus sendo que Ele é o suficiente para povo, as inovações perdem seu valor quando a presença de Deus ocupa a sua casa, não haverá mais necessidade em procurar inovações para atrair o povo, porque o povo virá quando ouvir o barulho da manifestação de Deus. Em Atos 2. 6,7 lemos; "E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?" 
        O que precisamos é entregar a casa de Deus para Deus. 


                                                             Josselino Andrade ( jofean@bol.com.br)


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

PREDESTINAÇÃO X LIVRE ARBÍTRIO



1.      O centro do debate não se centraliza na soberania de Deus, mas, no caráter de Deus que é amoroso, este Deus soberano que salva as pessoas incondicionalmente este Deus amoroso infere – Ele salva a todos por causa do Seu caráter amoroso não por uma obrigação. Se Deus salvar as pessoas de forma incondicional Ele se torna um Deus injusto cujo caráter bondoso, amoroso e benevolente é completamente questionável, as teses Arminianas incentivam a vida cristã responsável, enquanto a tese calvinista estimula um fatalismo perigoso. A visão calvinista, destrói os movimentos da conduta cristã responsável. Randall diz que: a concepção calvinista estabelece que o que é deve ser, e exclui as hipóteses de que as coisas poderiam ou deveriam ter sido diferentes. Basinger afirma que: os cristãos que invocam e agem segundo a soberania incondicional de Deus são culpados de um fatalismo arbitrário, inviável e perigoso.

2.     A Confissão de fé de Westminster tipicamente calvinista no capítulo quinto e artigo primeiro afirma que Deus sustenta dirige e governam todas as criaturas e suas ações e todas as coisas desde a maior até a menor: Seu catequizo na pergunta dezoito apresenta a seguinte questão: quais são as obras da providência de Deus?... São as suas formas e maneiras de governar e preservar suas criaturas e suas ações para a Sua própria glória.
         Como Deus pode controlar de forma exaustiva e minuciosamente todas as pessoas e cada uma de suas ações sem ser ao mesmo tempo autor do mal e do pecado? O conceito calvinista de soberania e providência divina incondicional torna Deus lógica e necessariamente o autor do mal e do pecado.
          As institutas livro primeiro capítulo dezoito artigos terceiro Calvino diz: Deus quer que se faça aquilo que Ele Deus proíbe fazer. Será que isso não é o cúmulo da contradição? Deus está correto em querer que façamos algo que Ele mesmo proibiu?
        No livro primeiro capitulo dezesseis artigos nono Calvino faz uma ilustração: imagine um comerciante que tendo adentrado uma região selvagem na companhia de homens de confiança afasta – se imprudentemente dos companheiros e tal erro o leva a ser roubado e morto (latrocínio, roubo seguido de morte) a sua morte não apenas prevista por Deus, mas também determinada por seu decreto. Aqui Deus é o autor do latrocínio não tem como chegar à outra conclusão. Escolhas causadas por Deus não podem ser escolhas legítimas.       Se o calvinista afirma que Deus nos faz escolher coisas voluntariamente, os defensores do Arminianismo dizem que quaisquer escolhas em última análise causada por Deus não podem ser escolhas legitimas, e que, se Deus realmente nos faz tomar as decisões que tomamos então não somos pessoas reais, pois a pessoalidade depende da livre agência. Cottrell diz que: a concepção calvinista de Deus como causa primária, e dos homens como causa secundária, acaba ruindo e gerando uma causa única, Deus. Se o homem usar uma alavanca para mover uma rocha, a alavanca não constituiu realmente uma segunda causa, mas, é apenas um instrumento da verdadeira causa dos movimentos.
        A visão calvinista equivocadamente torna Deus responsável pelo pecado. Aqueles que sustentam a concepção Arminiana pergunta: como pode Deus ser santo se decreta que pequemos? Afirmam eles que Deus não é o autor do pecado, que Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo a ninguém tenta (Tg 1.13). Deus é luz e não há Nele trevas alguma (1Jo 1.5), O Senhor é reto ... e Nele não há injustiça (Sl 92.15). A concepção de providências divinas defendida acima nos faz marionetes ou robôs e nada mais podemos fazer senão aquilo que Deus nos faz fazer. Isso traz censura moral a Deus, Marshall diz: sou responsável pelo que faz o meu agente. Pinnock diz: é blasfemo sustentar que a rebeldia do homem contra Deus é produto da vontade soberana de Deus, ou de causação primária.
3.      A expiação limitada, ou seja, só para alguns por classes de pessoas e não por cada pessoa do mundo, as Escrituras ensinam isso? Jo 3.16; at 17.30; rm 11.32; 1tm 2. 3-6 e textos semelhantes mostra que Deus quer salvar a todos.
4.    Os cânones de Dort no capítulo primeiro e artigo nove diz que a eleição para a salvação não é baseada em fé prevista. Se Deus não elegeu a todos para a salvação porque não quer isso não depõe contra sua vontade que é boa, perfeita e agradável? Seria boa, perfeita e agradável mandar as pessoas para o inferno sem lhes dar a fé para crer e a possibilidade de arrependimento? Se Deus não elegeu a todos porque não ama a todos isso não mancha o seu caráter e a sua reputação essencialmente amorosa uma vez que Deus é essencialmente amor conforme primeiro a João capítulo quatro?
           Qualquer estudo sobre soteriologia (salvação) dever sempre começar por Jesus o Salvador e considerar o que Ele diz, e toda conclusão teológica que não fizer referências a Ele é no mínimo suspeita.  Existe uma tendência de se usar somente as epístolas especialmente as de Paulo e ignorar o restante das Escrituras. O Deus que elege é o Deus que ama, e Ele ama o mundo. Tornar – se ia válido o conceito de um Deus que arbitrariamente escolhe alguns e desconsidera os demais, deixando – os ir à perdição eterna sem oportunidade de arrependimento, diante de um Deus que ama o mundo?

UM OLHAR TEXTUAL SOBRE LIVRE ARBÍTRIO

          A bíblia nos apresenta textos onde a liberdade do homem visível, portanto este ensaio busca apresentar uma análise discursiva sobre este assunto que a muitos tem obscurecido o caminho da salvação.
        “Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal” (1ª Pedro 2:16) livres no grego (eleutheria) liberdade de fazer como bem entender. Livres é ter como escolher o que quer, que fazer, como fazer, isto é liberdade. O fato de que somos livres é indiscutível.
         Uma liberdade que já está determinada as ações que vão acontecer não é liberdade, se não puder usar a liberdade de escolha então onde está a liberdade?
        Na carta a Filemom Paulo deixa claro a liberdade de ação do homem quando diz que: “Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse como por força, mas, voluntário. Vv. 14 Paulo procurou agir de forma que Filemom tivesse escolha de ação, voluntário, em Lucas “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Lc. 9:23. O “SE” nos mostra a condição de escolha se pega ou não a cruz, se segue ou não a Cristo. Esta liberdade de escolha da salvação nos mostra a responsabilidade de viver como salvo neste mundo, tomando como base Deus amoroso pode se ver que este Deus quer homens livre que o adore e o sirva com atitudes voluntárias.
         A beleza da história da vida de Jó está na liberdade de escolher se continua servindo e adorando a Deus ou se abandona sua fé em Deus. Pense que se Jó já nascera para passar tudo, sem escolha do que fazer por que já estava predestinado:
E você está predestinado a vencer?
Está predestinado a não vencer?
Está predestinado a sofrer para sempre? Sua vida vai mudar um dia se estiver predestinado?
           Pensam-se que as ações humanas são manipuladas por Deus, desta forma o velho homem nunca se torna novo pois sendo que ele sempre foi predestinado a ser novo ou velho, “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. ” 2 Co. 9. 7 quem propôs?  Deus já tinha predeterminado ou o homem propôs em seu coração? Esta liberdade de contribuição partiu de um homem livre ou já predestinado a está contribuindo?
          Deus fez o homem livre ou queria deixar ele pensar que é livre, mesmo não sendo? Js 24 15 “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.”
           Não é intenção esgotar o assunto, e sim deixar um caminho a ser pensado e buscar sim uma explicação mais plausível para este longo e duradouro assunto que a muitos tem deixados confusos sobre se é ou não predestinado a ser salvo,

texto escrito por: Pr. Cleiton
                            Pr. Josselino Andrade
         
           
      
 Bibliografia:
Wayne Grudem, Teologia Sistemática atual e exaustiva.
Stanley M. Horton, Teologia Sistemática.
Os cânones de Dort
As institutas.
A Bíblia de estudos palavras chave, hebraico e grego. Editora CPAD.