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segunda-feira, 4 de maio de 2015

A INFLUÊNCIA DO EXEMPLO NA PEDAGOGIA


 


             Quando o professor consegue demonstrar, através de atitude e comportamento, e procura colocar na prática, os princípios que ensina em classe, seus alunos verificarão que é possível praticar a bíblia no dia a dia. Pois como bem afirma Prince (1998, p. 7) “O elemento mais importante na qualificação de qualquer professor é justamente aquilo que ele é em si”. Todos reconhecem que um só exemplo vale por cem ou mil conselhos. Jesus foi a encarnação viva da verdade. Ele disse: "Eu sou... a verdade" (João 14:6). Ele foi cem por cento, aquilo que ensinou. Seja qual fosse o assunto, ele o encarnava e ensinava com transbordamento de toda a sua vida.

            Contudo, educação não é apenas o processo de transferir conteúdos acadêmicos, mas todo conjunto de instruções, disciplinas e práticas que visam preparar a próxima geração para cumprir um ideal mais elevado. Jesus sempre ensinou com seu exemplo no dia a dia, falar e fazer este são o modelo de Jesus. Sobre o comportamento do professor em sala de aula, Pimentel (2009, p. 76) diz que,O professor influencia o aluno com a sua personalidade e exemplo de vida. Deste modo, deve ele se preocupar com as atitudes positivas ou negativas, opiniões, preconceitos, valorizações das coisas que, realmente, são significativas, sua maneira de vestir, sua atitude como pessoa. O aluno aprende mais com que o professor faz do que com que ele fala. Ele é o modelo que, muitas vezes é imitado inconscientemente pelo aluno.

             Freire (2006, p. 103) continua sua observação sobre a prática do docente: “Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina não posso, por outro lado, reduzir minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos”. Esse é apenas um momento de minha atividade pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos, é o meu testemunho ético ao ensiná-los. “É a decência com que faço... Tão importante quanto o ensino dos conteúdos é a minha coerência na classe. A coerência entre o que digo o que escrevo e faço”.
“A educação geralmente se preocupa em fazer com que as pessoas saibam o que os seus professores sabem. A educação cristã quer ajudar as pessoas a se tornarem o que os seus professores são’’, afirma Richards (1996, p. 25).

           Pode-se ainda dizer que todo educador que se nega a ser modelo aborta o processo educacional e compromete a aprendizagem de seus educandos. Todo discípulo é uma pessoa, que aprende a viver do mesmo modo de seu mestre. Portanto, o ensino, o discipulado e a educação não pode ser apenas transmissão de conhecimentos e de informações. É uma transmissão de vida, onde os conceitos são transferidos via modelo, coerência e exemplo. O verdadeiro discípulo não é o que chegou, a certo nível de conhecimento, mas é aquele que aprendeu a ser como seu mestre.

 O professor sendo observado

             Dornas (2010, p.110-113) “Os alunos observam seu professor fora da sala de aula. Com intuito constata se há ou não harmonia entre seu ensino e sua vida prática”. Vemos então a preciosa oportunidade de reforçar ou ratificar seu ensino com seu exemplo. Ao verem o professor como seu exemplo o aluno receberá mais uma aula, agora de vida, sobre o que ensinou agora pela prática da palavra de Deus.

O professor no culto

           Dornas (2010, p.110) afirma que “O professor ensina na escola, mas não tem o compromisso de estar nos cultos, para mostrar aos alunos qual a importância do culto. Pois o cristianismo não se limita só na Escola Bíblica Dominical mais em todas as áreas da igreja ”. O professor que se priva do envolvimento maior com a igreja, seus alunos poderão pensar que a igreja não é tão importante. Sua maneira de se comportar nos culto, na participação dos louvores, ou desatento com a palavra, participando com a leitura da bíblia reforçará o ensino.

O caráter do professor

          Dornas (2010, p. 110) diz que “o cumprimento de sua palavra empenhada se é honesto em suas atitudes e justo em ações”. Quando professor não demonstra o Caráter de Cristo em suas atitudes ele se torna desapreciado por seus alunos. Há momentos que não vemos, mais os alunos veem lapso do nosso caráter. Falar e cumprir são deveres de todo cristão. Como diz em, Pimentel (2009, p. 76) o professor precisa ser um crente aprimorado pela palavra de Deus. Ser amável e afetivo, compreender e exercer justiça sem preferências ou preconceitos; ser coerente nas suas ações.

O professor e seus relacionamentos.

         Conforme, Dornas, (2010 p. 113) explica que o professor é observado “Como trata seu cônjuge, seus filhos, os demais irmãos, a liderança da igreja; como se refere ao pastor, como se dirige aos amigos”. O relacionamento do professor ensina e muito seus alunos, até que ponto o professor leva a sério os ensinos de Cristo.

         Freire (2006, p. 34) diz que o professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro rigorosamente. Deva também ter uma conduta correta pois ensinar é também educar “Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada adianta. Pensar certo, nega, com a falsa fórmula farisaica, faça o que eu mando, e não o que eu faço.”